Envelhecimento: após 15 anos de estudos, cientistas identificam alimentos que aumentam risco de demência e Alzheimer

Dieta mediterrânea: regime centrado no consumo de peixes, vegetais, legumes e azeite de oliva foi considerado um 'remédio' contra o desenvolvimento de demência, Alzheimer e Parkinson — Foto: Reprodução: Freepik

Um estudo feito por um grupo de pesquisadores suecos e publicado na revista Nature Aging, que cobre o desenvolvimento de áreas da ciência relacionadas ao envelhecimento, revelou que ter uma dieta baseada no consumo de grandes quantidades de carne vermelha, alimentos processados e bebidas açucaradas está ligado a uma maior propensão de desenvolver doenças e distúrbios mentais relacionados à idade como demência, Alzheimer e Parkinson.

A descoberta, divulgada ainda no fim de agosto, é fruto de uma pesquisa realizada durante 15 anos com mais de 5,7 mil pessoas, a maioria mulheres na faixa dos 70 anos de idade.

“Nossos resultados mostram o quanto a dieta pode influenciar o desenvolvimento de fatores de risco em populações que envelhecem” disse ao jornal britânico Daily Mail o pesquisador Adrián Carballo–Casla, do Centro de Pesquisa em Envelhecimento do Instituto Karolinska, na Suécia, que conduziu a pesquisa.

O estudo não colocou as pessoas em planos alimentares específicos. Em vez disso, os pesquisadores observaram as dietas normais dos participantes e as classificaram de acordo com o quanto se assemelhavam a vários padrões saudáveis desenvolvidos por centros de pesquisa e reconhecidos academicamente.

De acordo com os resultados finais, pessoas que adotam regimes baseados em vegetais, frutas, peixes e gorduras boas apresentaram melhores resultados em exames relacionados a condições mentais durante a velhice.

Em contraste, aqueles que tinham o hábito de ingerir carne vermelha e ítens como refrigerantes e alimentos industrializados apresentaram não só um maior número de casos de transtornos mentais, mas também um grau elevado de “multimorbidade”, ou seja, o número total de doenças crônicas com as quais alguém convive ao envelhecer.

Isso incluiu doenças cardíacas, demência, depressão, Parkinson, diabetes, câncer e problemas musculoesqueléticos como artrite ou osteoporose.

Ao final do acompanhamento, pessoas com as dietas mais saudáveis tinham, em média, de duas a três doenças crônicas a menos em comparação com aquelas que tiveram as piores pontuações em qualidade alimentar, mas os pesquisadores ressaltam que o fator dieta foi fortemente associado ao acúmulo de doenças cardiovasculares e neuropsiquiátricas como demência, doença de Parkinson e depressão, mas não a condições musculoesqueléticas.

Fonte: O Globo

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