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Calor excessivo pode causar um aumento de 50% nas mortes entre idosos, alerta pesquisa

O Brasil vem enfrentando temperaturas cada vez mais escaldantes de verão a verão, com ondas de calor e máximas beirando os 40°C, incluindo regiões de Santa Catarina. No Rio de Janeiro, segundo uma pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e divulgada na última semana, o calor excessivo pode ter relação com o aumento de mortalidade, principalmente em idosos.

O estudo também considera o risco maior de morte em situações de exposição ao calor em pessoas que possuem diabetes, hipertensão, Alzheimer, insuficiência renal e infecções urinárias. A pesquisa, realizada pelo Centro de Inteligência Epidemiológica, analisou os registros de mortes naturais que aconteceram entre 2012 e 2024. Ao todo, foram mais de 466 mil, além de 390 mil por causas selecionadas.

Considerando 17 grupos de doenças listados na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o estudo considerou a classificação de Níveis de Calor (NC) utilizada no Protocolo de Calor, criado no Rio de Janeiro em junho de 2024 para lidar com o calor extremo na cidade.

As temperaturas foram registradas em 16 estações meteorológicas do Sistema Alerta Rio, Instituto Nacional de Meteorologia e da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica.

Resultado

O protocolo do Rio de Janeiro estabelece cinco níveis de risco de calor, sendo o NC1 como normal e o NC5 como perigo de calor extremo. Segundo o estudo, esse protocolo é diferente de outros “pois é baseado na quantidade de horas gastas em um dia acima de um certo limite do Índice de Calor (HI), em dias quentes consecutivos”.

Dessa forma, os níveis de calor seriam divididos em:

  • 4 horas ou mais com Índice de Calor a 36°C é considerado como níveis NC2 e NC3;
  • 4 horas ou mais com Índice de Calor a 40°C é considerado como nível NC4;
  • 2 horas ou mais com Índice de Calor a 44°C é considerado como nível NC5.

Quando a cidade enfrenta um nível de calor 4 (NC4), o estudo associou um aumento de 50% na mortalidade por doenças como hipertensão, diabetes e insuficiência renal entre idosos.

Idosos mais vulneráveis

A pesquisa também analisou que quando a cidade está registrando NC4, pessoas com 65 ou mais, consideradas idosas, têm um aumento de 25% nas mortes naturais, por doença arterial coronariana e causas como influenza, pneumonia, doenças cerebrovasculares e doenças do aparelho circulatório.

Dessa forma, dos 17 grupos de causas de morte analisados pelo estudo, 12 tiveram aumento na mortalidade em casos de calor extremo.

O dia com maior registro de mortes de idosos por causas selecionadas foi em 18 de novembro de 2023, quando o Rio de Janeiro passava por uma onda de calor que teve repercussão nacional pela morte de Ana Benevides durante o show da cantora Taylor Swift. Naquele dia, o índice de calor ficou acima de 44°C por oito horas.

Fonte: NCSTotal

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