Para não chamar aprovados no concurso público da Polícia Militar de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União) pretende nomear “policiais temporários” na corporação. O primeiro passo para isso já foi dado. Começou nesta quarta-feira (16/07) os trabalhos de uma comissão interna na PM para avaliar onde existe necessidade dos militares temporários.
A categoria de policiais temporários – que é alvo de críticas e de decisões da suprema corte que apontam inconstitucionalidade na existência do cargo – foi criada pela Lei Complementar Nº 713, de 06 de Janeiro de 2022. O site PNB Online demonstrou que as contratações temporárias viraram um recurso recorrente na gestão atual. Durante o governo de Mendes, pela primeira vez na história, o Estado teve mais servidores temporários do que efetivos.
Mais de 1100 candidatos aprovados em concurso público aguardam para ingressar na Polícia Militar de Mato Grosso. Atualmente, o déficit é de quase 6 mil policiais militares no Estado. Dos 12.911 cargos criados para diversas patentes, apenas 6.992 estão atualmente ocupados. Em mais de uma ocasião, o governador declarou que não chamará todos os aprovados.
A comissão para estudar a nomeação de policiais temporários foi formalizada através da Portaria nº 27/GCG/PMMT/2025, publicada no Boletim do Comando Geral na última segunda-feira (14/07).
A comissão instituída pela PMMT tem como missão elaborar critérios para a admissão desses policiais temporários, definindo requisitos, duração dos contratos, benefícios e setores de atuação. Segundo o documento, a iniciativa busca “realizar estudos técnicos na análise dos impactos na segurança pública e na estrutura da polícia militar”.
A comissão é presidida pelo Cel PM José Nildo Silva de Oliveira, Subchefe do Estado-Maior Geral da PMMT, e conta com a participação de outros três oficiais: Ten Cel PM Alessandro Gonçalves Guimarães Ferreira (Diretor de Gestão de Pessoas); Ten Cel PM Fabiano Pessoa (Superintendente de Planejamento Operacional e Estatística); Ten Cel PM Sara Cristina da Silva Borges (Diretora de Planejamento Orçamento e Finanças).
O grupo terá a responsabilidade de definir os parâmetros para a contratação temporária, incluindo setores de atuação — prioritariamente administrativos, segundo o texto — e a viabilidade jurídica do modelo.
Fonte: PNB Online