EUA avaliam sanções contra assessores de Moraes após ação de Eduardo Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, durante sessão do STF — Foto: Fellipe Sampaio/STF/13-08-2025

Na última rodada de conversas que teve com autoridades dos Estados Unidos, em Washington, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) levou documentos elaborados pela equipe do ministro Alexandre de Moraes, no período em que o magistrado presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com isso, funcionários que trabalham no gabinete de Moraes entraram no radar das autoridades dos Estados Unidos e têm chances de serem sancionados com a revogação dos vistos americanos, por exemplo.

Entre os documentos levados por Eduardo Bolsonaro à gestão Donald Trump estão certidões do TSE sobre os presos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Esses documentos apontam que postagens em redes sociais com conteúdos políticos teriam sido levadas em conta para embasar decisões envolvendo os investigados.

Na conversa com interlocutores, Eduardo afirma que os americanos teriam considerado a documentação “grave” e sinalizaram que o material poderia embasar uma sanção contra atuais e antigos integrantes do gabinete de Moraes no TSE e no Supremo Tribunal Federal (STF).

No fim de julho, o ministro foi alvo da Lei Magnitsky, que lhe impôs sanções financeiras. Eduardo Bolsonaro, no entanto, não ficou satisfeito com o entendimento que os bancos brasileiros tiveram da lei, permitindo que Moraes mantenha contas ativas e faça operações em real. O deputado deu início, nos últimos dias, a uma nova investida junto aos americanos para entender o alcance da Lei Magnitsky.

Em conversa nesta semana com autoridades dos EUA, o filho de Jair Bolsonaro ouviu que “o correto” seria o bloqueio total das contas do magistrado. Com isso, a expectativa de Eduardo é que os bancos sejam comunicados sobre a necessidade de cumprir a medida ou que até mesmo sejam penalizados com multas.

Fonte: O Globo

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