A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), por meio da Secretaria Adjunta de Assistência Social e Políticas para as Mulheres (Saaspm), promoveu o 1º Encontro do SUASMT 2025: Acolher e qualificar para a garantia da proteção social. O evento iniciado na terça-feira (27.5), terminou nesta quinta-feira (28) com a presença de técnicos e gestores dos municipios de Mato Grosso.
A capacitação, explicou a secretária da Setasc, coronel Grasi Paes, tem o objetivo de fortalecer a gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nos municípios mato-grossenses, por meio do alinhamento institucional e da capacitação de gestores municipais, promovendo serviços socioassistenciais mais eficazes e qualificados para a população.
“Esse é o primeiro encontro do SUAS Mato Grosso. O evento foi pensado para capacitar os técnicos e os novos gestores que trabalham com a Assistência Social. Estamos numa fase de transição de muitas gestões municipais e precisamos qualificar os servidores para que eles possam desenvolver as políticas de Assistência Social em seus locais de atuação”, destaca a secretária adjunta da Saaspm, Miranir Oliveira.
Entre os principais temas abordados no encontro, realizado no Sindicato dos Trabalhadores do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (Sinttcontas), estão a importância do planejamento, do diagnóstico social, serviços e programas socioassistenciais e estrutura da Assistência Social nos municípios. “Nossa intenção é dar subsídio para que todos consigam desenvolver um bom trabalho em seus municípios”, destaca Miranir.
Para a assistente social de Nova Guarita (676 km de Cuiabá), Cristiane Blank, o encontro é essencial para qualificar a Assistência Social em Mato Grosso.
“A capacitação permite trocar experiências, entender a importância do planejamento e da execução do plano de Assistência Social, de realizar o diagnóstico em nossos territórios e compreender os indicadores. Nós trabalhamos na ponta e precisamos melhorar o atendimento que prestamos à população. Para isso, a parceria entre os municípios e o Governo do Estado é essencial. Com o Programa SER Família, por exemplo, temos acesso a benefícios para os usuários dos serviços assistenciais”, destaca Cristiane.
A docente do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Profª Drª Rutiléia Cândida de Souza Silva, ministrou a palestra de abertura, sobre Diagnóstico Socioterritorial.
“O Diagnóstico Socioterritorial é fundamental para a elaboração do plano de Assistência Social dos municípios. É o instrumento que vai nortear a sua construção. Sem o diagnóstico, sem conhecer a realidade, é impossível desenvolver um plano de Assistência Social que contemple todas as necessidades que precisam ser atendidas”, alerta a pesquisadora.
De acordo com a professora Rutiléia, o diagnóstico socioterritorial permite que os usuários de um determinado serviço sejam ouvidos e que as reais demandas do município sejam conhecidas.
“Não tendo o diagnóstico, o plano tende a ser superficial, distante das demandas que as políticas de Assistência Social devem atender. Precisamos fortalecer a política de Assistência Social em Mato Grosso e os planos dos municípios. E para isso, elaborar o diagnóstico é essencial”, salienta.
Na sequência, foi realizado painel sobre “A importância da gestão do SUAS na condução do planejamento da Assistência Social”, com discussões sobre diagnóstico e planejamento; gestão financeira e orçamentária; CadÚnico; entre outros temas.
O encontro prosseguiu na quarta-feira (28), pela manhã, com palestra do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), sobre “Proteção especial de média e alta complexidade”, com Julia Salvagni. Na sequência foi realizado o painel “Os níveis de proteção social materializados nos serviços socioassistenciais do Sistema Único de Assistência Social”.
A capacitação foi finalizada à tarde, com os painéis “Programas e benefícios do Governo Federal” – que tratou de temas como Programa Bolsa Família; Criança Feliz, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e Programa de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) – e “Políticas públicas para as mulheres”.