O Benefício de Prestação Continuada (BPC) está prestes a receber um aumento significativo, impactando a vida de milhões de beneficiários. Este auxílio, crucial para idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social, é baseado no salário mínimo, que por sua vez está sujeito a reajustes anuais. O recente anúncio de um possível aumento superior ao esperado trouxe alívio e comemoração para muitos desses recebedores.
O BPC é destinado a pessoas com mais de 65 anos ou àquelas que possuem uma condição incapacitante, e que estão registradas no Cadastro Único. Para ter direito ao benefício, a renda individual do solicitante deve ser de, no máximo, 25% do salário mínimo.
Com a nova política de reajuste do salário mínimo, instituída pelo governo Lula em 2023, o aumento considera não apenas a inflação do ano anterior, mas também o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Em um cenário recente, o Ministério da Fazenda revisou a previsão de inflação para 2024, passando de 3,82% para 4,66%.
Este ajuste significa que o valor do BPC, que acompanha o salário mínimo, deve variar entre R$ 1.515 e R$ 1.521 a partir de janeiro de 2025. A expectativa inicial era de R$ 1.509, mas este novo cálculo pode refletir um impacto financeiro significativo, na ordem de R$ 12 bilhões, para os cofres públicos.
Como e quando o novo valor será pago?
Os beneficiários já poderão contar com o valor reajustado em janeiro. Embora o calendário oficial de pagamento ainda não tenha sido divulgado, é tradicional que os depósitos do BPC ocorram sempre na última semana do mês. Deste modo, o cronograma antecipado sugere as seguintes datas para a liberação dos valores:
- Final 1: 27 de janeiro
- Final 2: 28 de janeiro
- Final 3: 29 de janeiro
- Final 4: 30 de janeiro
- Final 5: 31 de janeiro
- Final 6: 3 de fevereiro
- Final 7: 4 de fevereiro
- Final 8: 5 de fevereiro
- Final 9: 6 de fevereiro
- Final 10: 7 de fevereiro
Quem tem direito ao BPC?
O BPC é um auxílio destinado a idosos com mais de 65 anos ou a pessoas com deficiência que apresentem condições que limitem suas capacidades. Para se qualificar, é necessário que o requerente esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e que a renda mensal familiar per capita não ultrapasse um quarto do salário mínimo.
Essa medida busca oferecer suporte financeiro a indivíduos em situação de vulnerabilidade social, garantindo uma melhor qualidade de vida e inclusão social. O processo de candidatura é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que avalia os critérios de elegibilidade.
Impacto social e econômico do reajuste
O reajuste do BPC, alinhado ao aumento do salário mínimo, desempenha um papel crucial tanto na esfera social quanto econômica. Ao aumentar o poder de compra dos beneficiários, o governo estimula o consumo interno, o que potencialmente pode impulsionar a economia. Além disso, o ajuste reflete o compromisso com a manutenção do poder aquisitivo da população mais vulnerável, reconhecendo a importância de subsídios justos e atualizados.
Com um sistema cada vez mais ajustado à realidade econômica do país, o BPC continua sendo uma política essencial para a proteção social, contribuindo para a redução da pobreza e a promoção da equidade social no Brasil.
Fonte: Monitor do Mercado