Diante do crescimento do mercado voltado para os consumidores 50+, a edição de 2024 do Estudo do Mercado Sênior revelou novoO estudo foi realizado pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (Ifepec) em parceria com o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (Neit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foram entrevistados 2.200 consumidores e 300 cuidadores de idosos.
Além do preço, outros critérios também influenciam a escolha da farmácia. Cerca de 60,1% dos consumidores consideram a localização um fator importante, seguido por disponibilidade de estoque (54,4%), estacionamento (52,9%), participação do estabelecimento no programa Farmácia Popular (43,6%) e qualidade do atendimento (39,2%).
“Esse público, além de crescer em número, está consumindo cada vez mais nas farmácias, que devem se adaptar, o que impacta diretamente nas estratégias de venda”, destaca o presidente da Febrafar, Edison Tamascia, que comenta a preocupação das pessoas com o preço: “Isso demonstra a sensibilidade em relação aos custos, considerando que muitos têm a aposentadoria como a principal fonte de renda”.
Ascensão do mundo digital nas compras
Em relação aos hábitos de compra, o estudo mostra que 86,6% ainda prefiram realizar as compras presencialmente. No entanto, tem sido observado uma ligeira migração dos clientes para o ambiente digital: cerca de 17,5% dos entrevistados mencionaram utilizar o WhatsApp para realizar pedidos e 8,7% utilizam aplicativos de farmácias.s insights sobre os hábitos de compra dessas pessoas em farmácias. De acordo com a pesquisa, o preço dos produtos é o critério mais importante para 91% dos entrevistados ao escolher um estabelecimento. A preocupação é compreensível, já que 67,7% dos entrevistados afirmam pagar pelos próprios medicamentos, enquanto 28,1% dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) ou do Programa Farmácia Popular para ter acesso aos remédios.
A expectativa é de que o número de pessoas mais velhas no Brasil dobre nos próximos 30 anos. Nesse cenário, os dados da pesquisa deixam claro que o público 50+ representa uma fatia significativa e estratégica do mercado farmacêutico no Brasil. Com uma população em envelhecimento e uma demanda crescente por medicamentos e serviços de saúde, as farmácias precisam estar cada vez mais preparadas para atender às necessidades.
Problemas com a gestão dos medicamentos em casa
Um dado preocupante é que 48,1% dos entrevistados mencionaram ter dificuldade para lidar com os medicamentos. Entre as principais dificuldades estão: leitura das embalagens (25,3%), cumprimento dos horários (17,3%) e partir comprimidos (14,9%).
O estudo indica também que 36,9% dos consumidores acima de 50 anos dependem da aposentadoria. As despesas com medicamentos tornam-se ainda mais relevantes, já que 73,3% dessa população lida com pelo menos uma doença crônica, como hipertensão (54%) e diabetes (24,2%).
Apesar de 85,8% pesquisarem preços em outras farmácias, a fidelidade aos estabelecimentos preferidos se manteve forte. A pesquisa revelou que 61,4% dos consumidores adquirem medicamentos quase sempre na mesma farmácia, enquanto 30% compram sempre no mesmo local.