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Cristãos coptas presos por protestarem pela reconstrução de igreja são libertados no Egito
Os nove cristãos coptas presos após protestarem por permissão para reconstruir sua igreja no Egito foram libertados, após três meses na prisão.
De acordo com o International Christian Concern (ICC), os nove membros da Igreja de São José e Abu Sefein foram libertados pelas autoridades no último domingo (24), data em que os coptas celebram a Páscoa.
A igreja foi destruída em um incêndio em 2016 e desde lá, espera autorização para recuperar o templo. Em janeiro deste ano, a congregação promoveu o protesto pacífico na vila de Ezbet Faragallah, pedindo autorização do governo para reconstruir sua igreja.
Dias depois, os crentes foram detidos e interrogados pelas autoridades, sob a acusação de perturbação pública, cometer ato terrorista com o objetivo de perturbar a segurança pública e organizar uma reunião que afeta o poder público.
Os nove coptas ficaram presos durante 15 dias, enquanto uma investigação era feita. Em 22 de fevereiro, as autoridades renovaram a decisão de detenção, sem dar direito de defesa e sem um julgamento com a presença dos advogados dos cristãos.
No Egito, todas as atividades relacionadas aos prédios de igrejas devem ser aprovadas pelo governo. Apenas em julho de 2021, a Igreja de São José e Abu Sefein recebeu a permissão para demolir o templo.
Então, quando a demolição foi concluída, a liderança da igreja solicitou imediatamente uma outra permissão para a obra de reconstrução, mas até hoje não receberam resposta das autoridades. Devido a demora, a congregação mobilizou o protesto.
De acordo com a ICC, uma organização cristã que monitora a perseguição no mundo, o atraso do governo egípicio em conceder a autorização viola a Lei de Construção de Igrejas nº 60 de 2016, que estipula um período de resposta de quatro meses.
Após quase seis anos da implementação da lei, mais de 5 mil templos cristãos não foram legalizados e apenas 1.958 igrejas receberam permissões. Além disso, o Egito não permitiu a construção de novas igrejas, com exceção de novas cidades no deserto que possuem regras diferentes.
“Sem um local adequado para o culto, os cristãos são discriminados e deixados sem liberdade de crença e expressão”, explicou a ICC.
O Egito ocupa a 20° posição da Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas 2022, de países mais perigosos para ser um cristão.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE INTERNACIONAL CHRISTIAN CONCERN
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