Morte na academia: quais são os equipamentos mais perigosos na área de musculação? Especialistas respondem

Ronald José Salvador Montenegro, de 55 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais

A procura por treinamentos de musculação em academias tem se tornado uma tendência em todo o Brasil. No entanto, a utilização de aparelhos ainda que seja feita em um ambiente controlado, com a presença de profissionais, pode apresentar riscos. Como é possível observar no caso de Ronald José Salvador Montenegro, de 55 anos, que morreu em uma academia de Olinda (PE) após sofrer um acidente com equipamento pesado enquanto fazia supino reto com barra livre. A barra com pesos escorregou e esmagou o peito do homem.

Quais são os equipamentos que requerem maior cuidado?

O colunista do GLOBO e profissional de Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP), Marcio Atalla, aponta que os ferimentos em aparelhos de musculação acontecem na maioria dos casos por conta da execução errada dos exercícios ou do excesso de carga.

— Para estar na academia é importante ter uma orientação que saiba executar o movimento e não exagerar na carga, isso é o básico. Praticamente 100% das lesões se dão por isso — esclarece.

Os equipamentos da academia considerados pelo profissional de Educação Física como os mais perigosos para causar acidentes são os de peso livre. Por não serem anexos a máquinas, os halteres, barras e anilhas, geralmente são usados nos exercícios de agachamento, levantamento olímpico e supino (exercício pro peito).

— Os outros aparelhos, de peso “guiado”, que são fixos, tendem a oferecer uma segurança maior a quem está utilizando — explica o especialista.

Para o treino com peso livre, geralmente a pessoa precisa trocar a quantidade de kg, o que exige uma escolha acertada de quanto conseguirá aguentar até o fim do treino. Em repetições de três que algumas vezes precisam ser feitas até 12 vezes, o peso em excesso pode se tornar um inimigo. Por isso, ao utilizar esse tipo de equipamento é necessária uma maior atenção.

‘Treinar até a falha’

Mas, outro perigo que Márcio aponta é para uma fala muito disseminada entre os frequentadores de academia. A determinação de “treinar até falhar”, quando o corpo começa a mostrar sinais de exaustão física, pode gerar diversas consequências negativas aos iniciantes e até mesmo veteranos no ambiente de musculação.

— Sem dúvida nenhuma essa questão de disseminar de fazer até a falha não é baseada em uma verdade. Você pode fazer até muito antes da falha e vai ter um resultado. Esse tipo de fala cria uma pressão para quem está apenas começando, podendo levar a casos como esse do acidente — Márcio comenta.

Fonte: O Globo

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