No almoço que teve a sós com o ministro Alexandre de Moraes no no Palácio Guanabara, Claudio Castro aproveitou para insistir na campanha que ele e outros governadores de direita vem fazendo para equiparar o Comando Vermelho e outras facções criminosas a organizações terroristas.
O governo do Rio vem trabalhando para isso desde o início do ano, e chegou a entregar um relatório à embaixada dos Estados Unidos em Brasília com uma lista de supostas vantagens da mudança de classificação para o Brasil e o combate ao crime organizado.
No relatório aos americanos, a equipe de Castro pediu ainda que essas organizações sejam enquadradas nas sanções aplicadas pelo Escritório de Controle de Ativos Financeiros (OFAC, na sigla em inglês), que prevê bloqueio de ativos e punições a empresas e bancos.
Na conversa com Moraes, Castro encaixou seu argumento em meio a um papo sobre as dificuldades do estado em combater o crime organizado.
Moraes, porém, escapou pela tangente. Concordou que seria preciso discutir esse assunto, repetiu mais de uma vez que é um debate importante, mas não entrou no mérito da questão.
Considerando que o próprio Alexandre foi incluído pelo governo Trump entre os alvos das sanções financeiras que poderiam vir a ser aplicadas para as facções criminosas, a abordagem de Castro foi um movimento arriscado que saiu barato.
Fonte: O Globo


