Interação com cães causa benefícios para a saúde e o bem-estar; conheça

Foto: FREEPIK/IMAGEM ILUSTRATIVA

Passar tempo interagindo com cães tem um benefício importante para a saúde humana. Segundo uma pesquisa realizada na Universidade Konkuk, na Coreia do Sul, e publicada em 2024, passar tempo com cachorros reduz o estresse e aumenta a potência das ondas cerebrais associadas ao relaxamento e à concentração.

Os pesquisadores utilizaram eletroencefalografia (EEG) para monitorar a atividade cerebral durante diferentes tipos de interações com cães. O estudo analisou como atividades específicas como acariciar, alimentar ou brincar com o animal impactam a saúde e o bem-estar humano.

A equipe de Yoo recrutou 30 participantes adultos para o experimento e cada pessoa realizou oito atividades diferentes com um cão bem treinado, como brincar com um brinquedo manual, oferecer petiscos e tirar fotos. Durante as interações, os participantes usavam eletrodos de EEG que registravam a atividade elétrica do cérebro.

Os resultados mostraram que a força relativa das oscilações da banda alfa no cérebro aumentou enquanto os participantes brincavam e passeavam com o cão, refletindo um estado relaxado. Quando escovavam, massageavam suavemente ou brincavam com o animal, a força relativa da oscilação da banda beta aumentava, impulso tipicamente associado à maior concentração.

Os participantes também relataram sentir-se significativamente menos fatigados, deprimidos e estressados após todas as atividades relacionadas ao cão. Esses resultados subjetivos complementam os dados fisiológicos obtidos através do EEG.

Terapia com animais

As intervenções assistidas por animais, como a terapia canina, são amplamente utilizadas em hospitais, escolas e outros ambientes para reduzir a ansiedade, aliviar o estresse e promover sentimentos de confiança. Estudos anteriores sobre os benefícios potenciais das interações com animais geralmente adotavam uma abordagem holística, comparando o humor ou os níveis hormonais das pessoas antes e depois do contato com um animal de serviço.

Os pesquisadores reconhecem algumas limitações no estudo. Embora nem todos os participantes tivessem animais de estimação próprios, sua afinidade por animais provavelmente motivou sua disposição para participar do experimento, o que potencialmente poderia enviesar os resultados.

“Este estudo fornece informações valiosas para elucidar os efeitos terapêuticos e os mecanismos subjacentes das intervenções assistidas por animais”, afirmam os autores. As relações identificadas entre atividades específicas e seus efeitos fisiológicos podem servir como referência para programar intervenções assistidas por animais mais direcionadas no futuro.

Fonte: Jornal O Tempo

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