Apenas 32% dos filhos pretendem comprar algum presente no Dia dos Pais deste ano. O dado é de uma pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, que revela ainda que metade dos brasileiros veem o Dia dos Pais como apenas mais uma data comemorativa no calendário.
Apesar disso, a pesquisa mostra que o ticket médio deve ser bom: 44% projetam gastar entre R$ 101 e R$ 300, e outros 25% devem investir mais de R$ 300 em lembranças para a data. Entre quem deve presentear, 12% pretendem homenagear outros pais da família, como avôs, padrastos e sogros. E os itens mais visados são roupas e calçados (40%). O levantamento também aponta que 37% dos pais esperam ganhar algo na data.
A tímida intenção de compra, tanto comparada com o ano passado quanto com o Dia das Mães, também aparece em outras pesquisas. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de MG (Ipead/UFMG) mostra que, em Belo Horizonte, 46,49% dos filhos devem presentear os pais este ano. Isso representa uma queda de 12,28% em relação a 2024.
No Dia das Mães, em maio, a porcentagem de filhos que pretendiam presentear era de 56,94%, segundo pesquisa do mesmo instituto. O número, embora maior quando comparado com o Dia dos Pais, representou uma redução de 6,43% em relação a 2024.
O economista do Ipead Paulo Casaca avalia que o menor aquecimento na data pode estar associado a diversos fatores, um deles seria a atmosfera de cautela na economia brasileira e também os impactos da alta da taxa de juros, a Selic. “Eu acredito que o primeiro deles seja um comportamento mais precaucional das famílias brasileiras atualmente”, diz.
Ticket médio
No quesito ticket médio, a análise do Ipead é parecida com a pesquisa da Serasa. A média de preço dos presentes teve aumento em relação a 2024, com um valor de R$129,01, 17,18% superior ao ticket médio de 2024. A pesquisa do Ipead também mostra que 72,64% dos entrevistados pretendem gastar até R$ 150 em presentes. No tipo de presente, 30,19% dos entrevistados planejam comprar calçados (sapatos, tênis, chinelos), seguidos por acessórios (27,36%), roupas (25,47%) e cosméticos (16,04%).
Fonte: Jornal O Tempo
