Financiamento a Eduardo nos EUA, retaliação de Trump e risco de fuga: entenda por que Bolsonaro foi alvo de operação e terá que usar tornozeleira

Jair Bolsonaro em interrogatório em ação penal de trama golpista no STF — Foto: Ton Molina/STF

A atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em apoio ao seu filho Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal licenciado, e o risco de que ele deixe o Brasil levaram à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de autorizar uma operação da Polícia Federal (PF) contra ele e determinar o uso de tornozeleira eletrônico.

Bolsonaro relatou ter enviado R$ 2 milhões para Eduardo, que está nos Estados Unidos. O parlamentar licenciado, por sua vez, afirmou que conversou com autoridades americanas antes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicar tarifas de 50% aos produtos vendidos pelo Brasil.

O ex-presidente é suspeito de obstrução de Justiça, coação no curso do processo e ataque à soberania nacional.

Além do uso de tornozeleira, Bolsonaro terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno e está proibido de usar redes sociais, de conversar com diplomatas estrangeiros e de se aproximar de embaixadas.

As medidas foram tomadas por Moraes após representação da PF, que teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília, e também na sede do PL, seu partido.

Em nota, a corporação afirmou que cumpriu “dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal”.

Bolsonaro é réu, em ação penal que tramita no STF e analisa se houve uma tentativa de golpe de Estado. Na segunda-feira, a PGR apresentou as alegações finais no caso e pediu para o ex-presidente ser condenado por cinco crimes.

Fonte: O Globo

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