Proporção de médicos no Brasil é pouco acima da metade da média argentina, aponta IBGE

O número de médicos por 10 mil habitantes no Brasil (22,5), em 2022, correspondia a aproximadamente metade da proporção registrada na Argentina (40,8). O índice brasileiro também é inferior ao do Reino Unido (31,7), Canadá (25) e Colômbia (24,5). É o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira.

O levantamento mostra também que o Brasil tinha 502,6 mil médicos atuantes em 2023, um crescimento de 23,6% em comparação com 2019, ano anterior à pandemia da Covid-19. A maior proporção destes profissionais está concentrada no Sudeste (29,7) e no Sul (27,1), enquanto as regiões Norte (13) e Nordeste (16,5) estão distantes.

O IBGE projeta que para a equalização das regiões ao patamar nacional de 24 médicos para cada 10 mil habitantes, haveria a necessidade de redistribuição de 64,1 mil profissionais do Sudeste, Sul e Centro-Oeste para o Norte e Nordeste. Pela concentração expressiva, o Sudeste precisaria ceder 47,9 mil médicos.

Os dados apontam que, além de estar mais envelhecido em relação ao passado, o Brasil apresentou população mais idosa (15,8%) na comparação com o total populacional da América Latina (13,4%), México (12,2%) e Colômbia (12,6%).

O documento mostra um crescimento de 8,4% dos óbitos totais no país, na comparação entre 2019 e 2023. Os dados indicam também que, mesmo após o fim da pandemia da Covid-19, houve um acréscimo de mortes de 10,4 mil por outras doenças por vírus. Deste total, 10,1 mil casos foram referentes à infecção por coronavírus de localização não especificada. No ano passado, este conjunto de doenças representaram 65% das causas de morte.

O segundo grupo com maior crescimento no período foi o de doenças hipertensivas (15,6%), seguido por outras formas de doenças do coração (11,7%).

O levantamento do IBGE visa traçar um perfil das condições de vida da população brasileira, ao mensurar os níveis de bem-estar populacional, tendo como eixo a perspectiva das desigualdades entre os grupos presentes na sociedade. Além disso, a pesquisa visa subsidiar a União com indicadores para elaboração de planejamento de políticas públicas no campo social.

Fonte: O Globo

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